terça-feira, 20 de junho de 2017

Viva agora


Quando quero falar em viver o agora, gosto sempre de mencionar o nome Carlinho, meu amigo de infância. A última vez que nos vimos foi numa festa maravilhosa, cheia de amigos que muito confraternizaram conosco. Carlinho subiu ao palco e cantou com sua voz afinada e grave. Foi muito aplaudido. Rimos e nos divertimos a noite toda. Parecia uma despedida. E era. No dia seguinte recebi um telefonema com a notícia da sua morte. Dormiu e não acordou mais. 

Nós só temos mesmo o agora e é bom gastá-lo sem puderes ou medos. Sim. Porque a vida é efêmera e pode se findar no instante seguinte. Temos muitos planos para o futuro mas nenhuma certeza de que chegaremos até lá para realizá-los.

Carlinho soube viver intensamente cada instante do seu hoje e tenho certeza de que, caso ainda estivesse aqui, continuaria a esbanjar vida. Há dez anos ele se foi mas sua presença marcante o mantém vivo entre nós. Então ele é imortal.

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